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O Candomblé e os Orixás

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O Candomblé e o culto aos Orixás atravessou o Atlântico, provindos da África por meio dos escravos, que começaram a chegar ao nosso país, por volta de 1538, devido à colonização dos portugueses, que necessitavam de mão de obra pesada, uma vez que os índios não aceitavam a escravidão e ou fugiam ou se deixavam morrer.



Eles eram provenientes de diversas regiões, mas foram divididos genericamente em dois grupos:

Os Bantos, que incluíam os precedentes das tribos de angolas, bengalas, monjobos e moçambique;

E os Sudaneses com as tribos iorubas, jejes, tapas e haussas.

Com a chegada dos negros chegou também até nós o Candomblé e seu panteão de deuses, os chamados Orixás. E com eles chegaram também diversos “candomblés”, cada um deles pertencente a diversas nações.

O termo candomblé pode ser entendido com de origem quicongo-angola: kan-n-domb-el-e, um substantivo derivado do verbo orar, invocar ou saudar.

Na África os cultos aos Orixás eram particulares de cada tribo ou nação. A adoração aos Orixás era regional, ligados a uma cidade ou nação.

Cada nação, como angola, congo, queto, ijexá, jeje, nagô perpetuou o candomblé de uma forma diferente.

É possível distinguir cada nação e seu candomblé pela maneira de tocar o tambor (com a mão ou com varetas), pela música, pelo idioma dos cantos, pelas vestes litúrgicas, pelos nomes das divindades, ou seja, por certos traços característicos do ritual de cada uma.

No Brasil houve uma quebra desses laços de clã. Com a venda de famílias de negro para vários locais diferentes e distantes, que tinha por objetivo diminuir rebeliões e controlar a luta do negro pela liberdade, ocorreu um enlace desses aspectos culturais e religiosos de várias etnias.




Houve o encontro dos Orixás, que na África mantinham-se separados. Essa mistura levou ao que hoje conhecemos como Candomblé Afro-Brasileiro que difere em alguns aspectos das práticas africanas.

Os orixás são cultuados no xirê, que mostra a passagem por várias áreas da experiência humana. É a energia psíquica, a libido em vários estágios e níveis de atividades.

Ele se inicia com Exu, que representa a fecundação do óvulo e termina com os anciões, a velha e o velho sábio, Nanã e Oxalá.