Carl Jung nasceu em 26 de julho de 1875.
Psiquiatra suíço, fundou a psicologia analítica, que trabalha de forma compreensiva para a realização do si-mesmo, a busca pela totalidade.
Vários dos termos de sua obra ficaram populares, termos como arquétipos, anima e animus, ego, self, complexos.
Muitas áreas do conhecimento humano tem como base o trabalho de Jung, áreas como a antropologia, teologia, filosofia, cinema, marketing e até economia, entre tantos outros.
Na Suíça, trabalhou em um hospital psiquiátrico e teve oportunidade de conhecer e trocar informações com Sigmund Freud, além de tantos outros cientistas das mais diversas áreas da época.
Conheça e entenda algumas de suas afirmações mais interessantes:
1. “O mundo é aquilo que imaginamos. Só uma pessoa infantil julgaria que o mundo é realmente aquilo que pensamos.”
Essa fala nos remete à imagem do mundo, onde C. G. Jung nos mostra ser uma projeção do mundo do self, assim como este é uma introjeção do mundo.
No entanto ele admite que é difícil para o homem comum perceber tal afirmação como verdadeira uma vez que uma mente comum não estaria preparada para esse tipo de aprofundamento…
Ele diz que se tentássemos ir além desse ponto com mente do homem comum poderíamos causar um terremoto.
De qualquer forma, considera benéfico aos filósofos este tipo de reflexão, que ao que parece é não somente sua visão de mundo, como uma das estruturas de compreensão de sua teoria.
2. “Não devemos privar as pessoas do prazer da descoberta.”
Numa reflexão acerca de como lidar com o aprendizado, com a descoberta, Jung nos revela seu pensamento em relação à individualidade, pois trata como estimulante e essencial cada um encontrar o ponto de satisfação revelado pela resolução de cada experiência.
Segundo ele, somente assim se poderia alcançar um estágio de ser completo, e isso seria essencial a cada um.
3. “Quando um homem se afasta, depois de ter ouvido alguma coisa que poderia ter mudado o seu pensamento, sem prestar atenção alguma a essas verdades, nunca o chamo de volta.”
Com essa afirmativa, Carl Jung nos mostra o ponto de alicerce de seu pensamento, que muitas vezes pode ser considerado contrário à maneira de agir cristã, mas que, no entanto, tem como base a natureza e, por conseguinte, ao pensamento chinês, quando afirma:
– O velho livro chinês da sabedoria diz: “o mestre diz apenas uma vez”.
Assim, adota a postura de não correr atrás dos outros, porque não adianta. Mostra-nos, ainda que compreende a sabedoria que diz que “aqueles que têm a verdadeira capacidade de ouvir compreendem, e os que não a têm não a ouvirão.”
4. “O que atua psiquicamente de modo mais intenso sobre a criança é a vida que os pais e os antepassados não viveram.”
Com essa frase, nosso querido vovô Jung vê a grande importância na formação da personalidade da criança e, por conseguinte, no adulto, da vida dos pais e antepassados.
Hoje, onde temos processos terapêuticos pautados nas vidas de antepassados, na vida intrauterina, na relação de satisfação de desejos reprimidos, devemos sim olhar para essa afirmativa de Jung.
As frustrações (vida não vivida) são elementos que seguram a evolução como âncoras que travam o navio… importantes para “adestrar” o ego, mas que possibilitam que este organize inúmeros planos para sua plena satisfação, o que pode suplantar as ideias de altruísmo, necessariamente presentes no processo de individuação.
Assim, devemos, nós, adultos olhar para nossas sombras e trabalhar elementos de frustração para que possamos melhorar a vida daqueles que virão depois de nós.
5. “A totalidade da psique é um campo mais vasto que o estreito campo da consciência.”
Carl Gustav Jung considera o inconsciente, pessoal e coletivo. A psique abarca ambos e também a consciência. Nada mais natural, portanto, suas postulações acerta da totalidade da psique ser mais vasta que a consciência.
Com isso ele nos brinda com algo que Freud já também sabia, assim como muitos antes deles, o que sabemos sobre o mundo e sobre nós mesmos é tão ínfimo que temos ainda um longo caminho a ser desbravado, tanto individualmente, quanto como humanidade.
6. “Os sintomas são linguagens.”
Um dos elementos de comunicação do Self para com o ego são os sintomas. Jung expõe este, junto aos sonhos, sincronicidade e criatividade, como formas de comunicação entre ego e Self, portanto, é natural essa fala de que sintomas são linguagens.
Os sintomas são expressões de conflitos que surgem, a priori interiormente, entre aquilo que se faz e aquilo que sabe que se deve fazer, conflito ego-Self.
Portando, assim como os sonhos nos trazem, através dos símbolos, a comunicação necessária para saúde de maneira geral, também os sintomas, como símbolos, nos conectam à realidade de nossa manifestação mais essencial.
7. “A psique é objetiva e teleológica. Ela quer e se dirige para algo.”
Com essa máxima, Jung dá a orientação de seu pensamento e, portanto, de sua teoria.
A psique é objetiva e teleológica, ou seja, tem um ponto e uma direção a alcançar, a realizar.
Não há aleatoriedade, tudo tem um sentido, uma direção, onde o vir a ser, torna-se íntegro, integralmente realizado.
Um dos conceitos fundamentais para Carl Jung é o processo de Individuação, que ocorre com a realização do si-mesmo.
Assim, Jung justifica e nos instrui acerca de seus pensamentos sobre a vida, sobre a vida, sobre o indivíduo e sobre o coletivo, enfim, sobre a pequena e sobre a grande alma.
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